A saúde mental comunitária advoga que se as pessoas tiverem acesso a recursos existentes na comunidade poderão melhorar, crescer e fortalecer-se. Nesta perspetiva, a Clínica tem desenvolvido respostas progressivamente mais atualizadas e adaptadas às necessidades específicas, conduzindo a um desenvolvimento crescente da funcionalidade e autonomia na sua assistência à pessoa.
Em Maio de 2001, foram estabelecidos os critérios de seleção para o Programa Alvorada e começaram a ser pensados os instrumentos necessários à avaliação das utentes. Em 2002, nasce a residência de transição “Galileia” que de acordo com a nova terminologia passa a designar-se Unidade de treino de autonomia, esta Unidade Residencial funciona na Clínica e procura fomentar o desenvolvimento de competências fundamentais ao funcionamento na Comunidade. Em 2005 é criada a Unidade de Vida Protegida “Despontar” na comunidade, agora designada por residência de apoio moderado. Este tipo de unidade destina-se a pessoas com um reduzido grau de incapacidade psicossocial, clinicamente estabilizadas, sem suporte social adequado.
Principais objetivos:
- Permitir a aprendizagem de hábitos organizadores
- Possibilitar a convivência em grupo mais normalizada
- Permitir uma estreita ligação à comunidade facilitando a efetiva e progressiva integração
- Evitar a institucionalização
Critérios de admissão:
- Género feminino
- Estabilização do quadro clínico
- Inviabilidade de reinserção familiar
- Ausência de comportamentos aditivos
- Ausência de comportamentos agressivos
- Adesão à terapêutica
- Aquisição satisfatória de competências de auto cuidados, de vida independente psicossociais e ocupacionais/laborais
- Conhecimentos de normas de segurança básicas